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Com o Espirito, sem as escamas!

É comum passarmos pelas feiras livres de pescados das nossas cidades e nos depararmos com um ambiente completamente diferente do qual estamos acostumados a viver. Ali se encontram tanto pessoas que acordam muito cedo, entram nos seus barcos e saem rumo ao alto mar para ganhar os recursos financeiros para pagar as suas contas, como médicos, artistas, juízes, que vão àqueles lugares para comprar os peixes para os seus almoços em família do fim de semana. Encontramos ali pessoas de diferentes classes sociais, graus de escolaridade, e principalmente, estilos de vida, mas há algo muito comum e geral a todos que frequentam esses estabelecimentos de pescados: eles não comem peixes com escamas. Geralmente quando vemos os peixes já estão limpos, tratados e prontos para ser colocado na grelha ou prestes a se juntar com o dendê e as batatas numa deliciosa moqueca.

Há certo tempo descobri que as escamas não são um fator exclusivo dos peixes. Por incrível que pareça, nós humanos estamos repletos de escamas. E qual o objetivo das escamas? As escamas tem a função de proteger o corpo dos peixes, além de aumentar o aerodinamismo enquanto eles estão no seu habitat natural, mas, quando eles saem da água, as suas escamas não servem para mais nada. O apóstolo Pedro também tinha escamas.

Em todos os quatro evangelhos do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João) nos deparamos com a historia de Jesus, seu crescimento, seus feitos, suas maravilhas, sua vida e a sua morte, mas alguns detalhes me chamam muito a atenção: a vida e a caminhada de cada discípulo junto com Cristo. E um dos que mais me chama a atenção é Pedro. Em todo tempo vemos um discípulo ousado, mas espivetado, um homem corajoso, mas com falta de fé. Vemos momentos únicos onde Pedro anda sobre as águas ao encontro de Jesus (Mt 14:28), onde ele diz que não negaria Jesus, mas pouco tempo depois o negou (Lc 22:54-62), onde Pedro corta a orelha de um dos soldados no Getsêmani (Jo 18:10), também nos deparamos com ele sendo repreendido e chamado de “Satanás” pelo Mestre (Mc 8:33), mas, em todo tempo, as escamas cobriam o seu rosto!

Foi apenas quando Jesus foi novamente elevado aos céus deixando o Espirito Consolador (At 1), que Pedro teve consciência de que, em todo tempo, os seus olhos estavam tapados e, a partir dai, ele teve consciência de que “...era necessário que se cumprisse a Escritura...” (At 1:16a) e que o nosso Mestre passasse por tudo que Ele passou.

Todos os dias nos deparamos com escamas invisíveis.

Escamas que assim como com o apóstolo Pedro, nos impedem de ver a verdade, de desfrutar de uma comunhão ainda maior com Cristo, afastam os nossos olhos do alvo transferindo o nosso olhar para os lados fazendo com que nos percamos nas passadas e isso acaba nos tornando pessoas incrédulas. Mas há uma esperança! Há algo mais afiado que faca de peixeiro. É o Espirito Santo, o Espirito que nos molda, que limpa as nossas escamas, que nos convence do mal e do pecado, e ele está disposto a tirar qualquer resquício de mundo, qualquer pelanca de pecado que nos impede de ver o verdadeiro Jesus, basta estarmos como peixes na mesa: mortos para qualquer vontade carnal, para que assim os nossos corações sejam moradas para o Espirito Consolador, e que assim como Pedro, tenhamos os nossos olhos abertos e consigamos nos realinhar ao propósito do Senhor.

A limpeza das escamas pode ser dolorosa, mas é preciso para que não passemos mal no futuro.

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