Propaganda enganosa?
- Mariana Alves
- 11 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Em João 12:42, a palavra de Deus diz que muitos líderes judeus creram em Jesus, mas não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga, pois preferiam a aprovação dos homens. Anos depois, Paulo diz na carta aos Gálatas: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo". A maioria de nós, por termos natureza falha, somos levados a fazer ou falar coisas que não deveríamos e/ou não gostaríamos em nome de um grupo pessoas (a famosa turminha do colégio, ou em qualquer outro ambiente), fazendo a "política da boa vizinhança", com o fim de evitar apelidos como "careta" ou "sem graça" pelos demais. Pois é. Quem nunca viu um "cristão" dar falso testemunho em público, que atire a primeira pedra.
Infelizmente, estamos cercados por pessoas que se dizem de Cristo, mas andam envergonhando e sujando constantemente o evangelho. Vemos jovens e adultos na igreja todos os domingos, dando aquele "Glória a Deus!" e "Aleluia" durante o culto inteiro. Muitos deles até mesmo estão à frente de algo na igreja (ministério de louvor, professor da EBD, pregador... a lista é grande). Entretanto, as pessoas que os enxergam do lado de fora da casa de Deus, já estão cansadas de, muitas vezes, espantarem-se com a mesma pessoa que se declara "crente", "evangélico(a)", tendo atitudes totalmente contrárias ao que Jesus gostaria que tivéssemos.
Imagine uma vitrine. Nessa vitrine, somos os manequins, os quais pessoas passam minutos observando, analisando, estudando o que os manequins estão vestindo. Se o manequim estiver vestindo uma roupa feia e rasgada, quem observar esse manequim nunca se interessará em comprar a roupa e, além de não comprar, a má fama da loja se espalhará mais rápido do que o intervalo de tempo entre um gol da Alemanha e o outro. "Nossa, você viu aquela roupa horrosa? Eu nunca compraria nessa loja, só tem coisa que não presta! Propaganda enganosa". Por outro lado, se as roupas do manequim forem de boa qualidade, bonitas, e encherem os olhos... aí já é outra história. O desejo de ter essa roupa se torna grande, e suas chances de ser comprada são grandes.
A vitrine é a igreja. Os manequins somos nós. As roupas são o nosso testemunho.
Enquanto nos denominarmos cristãos e vestirmos nossas roupas imundas, cheias de malícia, iniquidade, transgressões e mentiras, o mundo não se interessará por um cristianismo, por um JESUS que "não foi capaz de salvar um perdido", parafraseando o pensamento dos nossos espectadores diários (o mundo). Sabemos muito bem que não existe "pecadinho" e "pecadão", mas sim, "PECADO". A partir do momento em que digo ao mundo que sou cristão, preciso conhecer quem leva esse nome. Preciso conhecer a Cristo. Preciso conhecer o coração e a mente dEle, quais são os Seus atos (o que Cristo faria em determinada situação?) e quem Ele é. Não posso apenar viver assistindo pregações, batizar-me nas águas, participar de trocentas atividades na minha igreja e pronto, "sou evangélico". Cristo não derramou a sua última gota de sangue para que vivêssemos uma mentira, cheia de hipocrisia, sem testemunhos. (Tiago 2:26 - Assim como o corpo sem espírito está morto, a fé sem obras é MORTA.)
A partir do momento em que conhecemos a quem servimos, o Espírito de Deus forja o nosso coração (sim, Ele forja), fazendo-nos tornar pessoas um pouco mais parecidas com Ele a cada dia. É dessa forma que o Espírito de Deus nos convence dos nossos pecados, nos contrange, e nos molda, até que o nosso caráter esteja semelhante ao dEle para apresentar ao mundo quem é, verdadeiramente, o filho de Deus.
Quando a luz brilha, oculta a força das trevas. E é aí que dou o meu testemunho, e honro o sacrifício que Jesus fez para nos salvar (de nós mesmos).
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