O “São João” passou, mas, e a fogueira, continua acesa?
- Johnata Trindade
- 26 de jun. de 2017
- 3 min de leitura

Iniciamos o mês de Junho. Época onde começa o inverno, onde as chuvas são mais frequentes, a baixa temperatura nos incentiva a ficar debaixo do cobertor durante boa parte do dia tomando um bom chocolate quente, assistindo um filme e ainda juntando com o recesso acadêmico... Ah, que tempo bom! É quando a canjica e o amendoim fazem parte do cardápio nordestino, época também onde as roupas quadriculadas e as botas saem de dentro dos armários para se comemorar uma festa junina muito famosa: o São João. Mas, e a SUA fogueira, continua acesa?
Ontem se findou os festejos do São João. Na sexta-feira pela tarde eu estava olhando a rua pela varanda de casa e me deparei com algo muito comum dessa época no passeio da casa do vizinho: um amontoado de pedaços de pau. Tinha pedaços grandes, pequenos, finos, grossos, de todo tipo, e logo associei que serviriam para montar uma fogueira (hábito comum nessa época do ano), e assim sucedeu. Em poucos instantes aquele amontoado de madeira se transformou em uma grande fogueira para comemorar a festa característica desse mês. Sai de casa já era noite e retornei por volta das 22h30 quando me deparei com aquela fogueira já em chamas. Fiquei a pensar no trabalho que deve ter sido cortar e juntar todos aqueles galhos para, pouco tempo depois, queimar tudo. Ao acordar, me deparei com uma realidade completamente diferente da que tinha visto antes de adormecer: aquela fogueira que há poucas horas estava toda arrumadinha agora não passava de um monte de cinzas...
E a SUA fogueira, continua acesa? Em muitos momentos da nossa caminhada espiritual, deixamos a lenha da nossa fogueira apagar. Muitas vezes, ela é tão frágil que não demora nem 2 horas para queimar totalmente. Temos momentos maravilhosos na presença do Senhor, o adoramos e o louvamos nos cultos, fazemos nosso momento devocional perfeitamente, mas, em pouquíssimo tempo, estamos em cinzas. O fogo que queimava as nossas vidas se apagou. O combustível que fazia com que queimássemos não é mais Jesus. O pecado começa a ser o combustível... A lenha que um dia serviu como ramo frutífero (Jo 15:2) hoje não serve para mais nada apenas ser jogada para queimar junto com as demais (Mt 17:9). Mas hoje pela tarde algo me chamou ainda mais atenção: mesmo em cinzas, a fogueira pegava fogo novamente. Ela permanecia acesa! Debaixo daquele amontoado de poeira, havia uma brasa, e uma brasa viva. Através de toda aquela cinza, a fogueira voltou a queimar e a fumaça começou a subir novamente pelos céus como aconteceu durante toda a noite. E a SUA fogueira, continua acesa?
Fomos criados para sermos brasas vivas! As circunstâncias da vida, o pecado, a maldade e o nosso coração enganoso tentam abafar o fogo do Espirito Santo, mas nosso coração foi feito para queimar por Jesus, e, assim como aquela brasa, incendiar toda essa geração que vive em cinzas e sem esperanças. Muitas vezes pensamos que a nossa fogueira apagou, que a quantidade de madeira que temos não é suficiente para queimar a vida inteira, mas é ai que lembramos que, por mais que nos encontremos em cinzas, a brasa viva do Senhor ainda queima as nossas vidas. Há uma garrafa de gasolina ao lado de onde você está. Deixa a Palavra de Deus reacender o fogo da fogueira da sua vida e queima-lo como um holocausto para que assim ela possa permanecer acesa.
A brasa viva que mantem os nossos corações incendiados é a Palavra de Deus.
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