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Mantenedores da Amizade: redes sociais ou relações presenciais?

  • Rilton Filho
  • 16 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Sem dúvida, o filme: O auto da compadecida foi (é) um dos filmes brasileiros que nos encheu de orgulho e de representatividade. A comédia carregou expressões fantásticas da religiosidade, da cultura nordestina, das nossas estórias e, sobretudo, traçou um perfil da amizade. Os personagens João Grilo e Chicó viveram a intensidade que a amizade pode propor. Uma amizade que é capaz de brincar com a realidade mais sonhada por alguns, isto é, a riqueza. A frase emblemática que todos nós conhecemos: “Fica rico, fica pobre”, demarca a pureza e sinceridade de uma verdadeira amizade. Essa linda amizade gera uma pergunta (com um ar de quem quer descobrir o segredo para, quem sabe, ter uma amizade como essa): O que unia João Grilo e Chicó? O final do filme talvez seja uma das várias respostas, quando há uma repartição do dinheiro, pois, enquanto Chicó precisava pagar a promessa que havia feito, João Grilo queria desfrutar da riqueza momentânea. Ao caminhar em direções opostas, João Grilo decide voltar atrás e caminhar junto com seu amigo, deixando assim a riqueza para trás, pois entendeu que a presença de Chicó era mais importante do que qualquer coisa.

À vontade e a entrega pelo outro não é uma realidade proposta apenas pelo filme, pelo contrário, essa é uma realidade antiga e genuína que mediava as nossas amizades. Nossas falas que exclamavam: “Não mexe com ele não!”; “Mexeu com ele, mexeu comigo!”; “Tá comigo, tá com Deus!”, foram substituídas pelas redes sociais. Ser amigo é curtir a foto, a postagem, é concordar com tudo, é ser seguidor em todas as redes, é falar no whatsapp e no grupo. Podemos ter antipatia pelas redes sociais? Eu penso que não. Afinal, como ter antipatia de algo que pode aproximar as distâncias, facilitar as comunicações, dentre outras qualidades. Penso que deva haver apenas um cuidado para que não haja uma inversão dos valores, visto que, os comportamentos genuínos da amizade são SACRAMENTADOS PELO QUE VOCÊ É NAS REDES. Por exemplo: o comportamento com o outro no dia-dia vai ficando falseado, pois ela não é uma continuidade daquilo que você é nas redes, ou seja, se você curtiu ela, conversou com ela, comentou nas fotos dela, compartilhou as publicações dele. Etienne Charpentier desperta: “E está justamente nisso o trágico da existência humana: só na hora de nossa morte é que saberemos quem somos nós; não podemos dizer “eis o que eu sou”, mas somente “eis o que eu era”, e na perspectiva de vida-vivida a virtualidade das coisas não é levada tanto em consideração, mas a “presencialidade” de cada um (se assim não fosse, os aplicativos de namoro não indicaria um encontro com o parceiro). Mas... pode existir veracidade nas redes? Claro que sim, mas elas são posteriores as relações presenciais. Nesse momento, é preciso ligar o sinal de alerta e considerar, primeiro, as relações presenciais: “Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e concertaram juntamente virem condoer-se dele, e consolá-lo. E, levantando de longe os seus olhos e não o conhecendo, levantaram a sua voz e choraram; e rasgando cada um o seu manto, sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar. E se assentaram juntamente com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.” Jó 2.11-13. Resta-nos a pergunta: Mantenedores da Amizade: redes sociais ou as relações presenciais? Na lei da semeadura, colhemos o que plantamos, por isso, quem planta virtualidade uma hora irá colhê-la.

 
 
 

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