O molde um tanto que perfeito
- Johnata Trindade
- 21 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Sexta-feira é o dia em que pensamos “o fim de semana tá chegando”, dia onde queremos que o expediente do trabalho e que a aula da faculdade acabe logo, que o dia passe voando e que as horas corram como um carro de Fórmula Um ultrapassando o concorrente na última curva da corrida. Depois de uma semana cansativa de estudos, trabalhos e viagens, esse pensamento é normal e aceitável, mas pra mim, a sexta foi de trabalho. E trabalho pesado. Na quinta-feira um imprevisto muito grande aconteceu e eu tinha que conseguir dinheiro para pagar o conserto da minha moto, e o que eu fiz? Fui trabalhar na serraria com meu pai.
Carregar 13 toras de madeira já era um trabalho super pesado por natureza, imagina pra quem tinha dormido tarde e acabado de acordar, naquela fase de sonolência, onde os olhos estão meio abertos e a mente ainda tá processando as nossas atitudes. Ao decorrer da manhã o processo de finalização do trabalho foi acontecendo. Uma a uma as tábuas (naquele momento elas já estavam um pouco mais leves) iam sendo lixadas, cortadas ao meio, passada na plaina e na tupia, alinhada, arredondada no exato formato pré-estabelecido, até que, no fim das contas, aquelas tábuas feias, sujas, pesadas, muitas com algumas partes estragadas e com rachaduras, as quais me perguntei “Como pode sair algo bonito disso?” foram se tornando fatias pequenas de madeira lindamente alinhadas, limpas e de uma cor exuberante, com um aspecto de quase perfeição. Mas o que será que fez aquelas tiras ficarem tão bonitas daquela maneira? O molde.
Para descobrirmos a largura, comprimento, profundidade do corte, altura que cada tira ficaria no determinado local, tudo teve que ser medido, centralizado e moldado! Desde a criação do mundo, Deus nos diz que nós somos Tua imagem e semelhança (Gênesis 1:27). O maior molde que nos poderíamos ter no mundo era o molde o qual somos moldados. O molde de Cristo. No mundo, vários moldes nos são apresentados: são moldes de estilos de vidas diversificados que nos moldam conforme um grupo social, moldes de prazeres carnais que nos molda para satisfazermos as vontades da nossa carne, são os moldes da vida pecaminosa que faz com que nos acheguemos ao mundo e às coisas que ele nos apresenta...
A nossa madeira bruta, recém tirada da arvore, está pronta para ser moldada a alguns modelos que julgamos ser “perfeito”, mas, a Palavra de Deus nos alerta a “não nos amoldarmos ao padrão deste mundo” (Romanos 12:2a). Ao invés disso, ensina-nos a “transformamo-nos pela renovação da nossa mente” (v.2b) e das nossas atitudes para que assim, nós possamos ser moldados pelo caráter de Cristo, nos tornar mais parecidos com Ele e conhecermos a sua “boa, perfeita e agradável vontade” (v.2c).
Nossas madeiras sujas precisam ser moldadas pela serra de Cristo para nos tornar um molde limpo e agradável.
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