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Prazer, meu nome é: pecado

  • Rilton Filho
  • 1 de nov. de 2016
  • 4 min de leitura

As noites, sobretudo as madrugadas, são sempre bons momentos para profundas reflexões. Isso porque temos na nossa frente uma multidão de atitudes, pensamentos, decisões, todas elas em sua finalidade (executadas), que brotam na nossa imaginação, a fim de nos fazer juízes de tudo isso. É bem verdade, que em algumas dessas noites reflexivas, conseguimos nos deparar com coisas boas, louváveis e admiráveis, entretanto, há sempre uma coisa que tira o sono, que nos incomoda, que mexe com a nossa emoção, que faz descer a nossa autoestima, que faz as bases do nosso tribunal se romper, chamado: pecado.

Nessa desestabilização que o pensar no pecado provoca, logo surge com ele um antidoto que solucionará esse desajuste na alma, isto é, uma profunda e, sobretudo, sincera reflexão. Mas afinal, o que é uma profunda e, sobretudo, sincera reflexão? Preciso e devo destacar isso com muita precisão. O Salmo 51, conhecido como a confissão do pecado de Davi, trás consigo detalhes do que chamo de uma profunda e, sobretudo, sincera reflexão. Observemos: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.” Sl 51:3. Davi assim como nós, poderia iniciar esse Salmo de confissão de maneira tendenciosa, isto é, desviando a “mira” da culpa do pecado para outras coisas e pessoas. Ele poderia, por exemplo, dizer que: a culpa estava na estrutura do palácio, talvez na localização, ou então, na própria Bate-Seba. Pelo contrário, Davi faz uma profunda reflexão e, sobretudo sincera. A sinceridade deve ser o ponto principal da nossa existência em qualquer situação, pois, é isso que enxergamos como principal elemento para uma resposta de Deus, que Davi encontra, e, portanto, diz em forma de canção: “O Senhor está junto de todos aqueles que invocam seu Nome, de todos que clamam por sua presença, com sinceridade” Sl 145:18

Com um poder incrível essa profunda e, sobretudo, sincera reflexão, redesenha tudo aquilo que a tristeza e o remorso desajustaram quando pensamos no pecado. A mente dita novamente, onde tudo começou, onde tudo terminou, onde tudo foi planejado, onde tudo foi executado. O aperto nos faz uma pergunta um tanto retórica: “Como você foi capaz de fazer isso?” As lágrimas e a tristeza respondem de forma silenciosa. Essas noites reflexivas nos ajudam a destrinchar o perfil do pecado, resumido em uma só palavra: prazer passageiro. E é a partir desse perfil que quero trazer uma pequena reflexão.

Embora, a nossa mente tenha identificado o perfil do pecado (o que não é ruim), a Bíblia já havia identificado e testificado a cerca dessa tragédia. Um dos textos que nos mostra isso, se encontra no livro de Mateus, capítulo 27, que tem como título a seguinte afirmação: O suicídio de Judas. Esse episódio narra exatamente tudo isso que descrevi um pouco antes. Embora, o texto não mostre o primeiro passo, isto é, a decisão de Judas (mas, que se encontra em: Mat: 26:14,15,16), entretanto, nos mostra exatamente o efeito final da execução de todo pecado. Ao lermos Mateus 27 encontraremos o Judas pós-reflexivo, o Judas que entendeu com à ajuda da mente o verdadeiro perfil do pecado: prazer passageiro. Sua decisão é exatamente a que nós temos: voltar na fonte do pecado, e tentar renegociar o preço que pagamos para tal coisa. Fazemos isso. Voltamos aonde caímos e prometemos não fazer mais, não beber mais, não roubar mais, não trair mais, a fim de dar um “jeitinho brasileiro”, o qual Judas também tentou. E é nesse momento, que o pecado nos mostra sua identidade: “Então Judas, que o trairá, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. ELES, PORÉM, DISSERAM: QUE NOS IMPORTA? ISSO É CONTIGO”. E é exatamente esse o poder enganador que o pecado tem, de nos oferecer algo favorável a principio e depois “puxar o tapete” sem medir consequências e esperar nossas queixas para nos falar: “NÃO TENHO NADA A VER CONTIGO. SE VIRE. É COM VOCÊ AGORA”. Embora, possa surgir uma pequena dúvida ao percebermos a palavra ARREPENDIMENTO no texto, veremos que, de fato, não houve um arrependimento. Quando o pecado joga pra cima de nós, a responsabilidade da ação do pecado, nos resta de forma graciosa e misericordiosa, fazermos uma coisa: “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, MAS OS QUE A CONFESSA E DEIXA, ALCANÇARÁ MISERICÓRIDA.” Pv 28:13. E o que Judas faz, é exatamente ao contrário da instrução que a Bíblia outrora nos ensina. Judas de fato, não encobre sua transgressão, antes, as confessa, porém, não deixa, pelo contrário, Judas executa o nível último do pecado: A MORTE, que para nós, não se caracteriza na maioria das vezes como morte, mas, como uma vida totalmente mortificada por atitudes pecaminosas e sucessivas. No caso de Judas (e não estamos livres disso) é vista a morte física e principalmente espiritual.

Portanto, finalizo a reflexão, estimulando a usarmos uma ferramenta poderosa que Jesus nos deixou: ORAÇÃO. A vida continuará com as mesmas mazelas, com as mesmas oportunidades sujas, com as mesmas ofertas enganadoras, porém, nós, agora, com a ajuda da nossa mente (a mesma que, outrora, acusa as nossas transgressões), travaremos essa batalha e venceremos se fizermos da NOSSA MENTE (sincera consigo mesma) moradia dessa seguinte afirmação: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mt 26:41. Contra essa instrução, as máscaras do pecado se desfaz.

 
 
 

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Irmãos em Cristo que encontraram uma forma e um meio de levar as Boas Novas de Cristo através de textos e reflexões com o objetivo de renovar, aliançar e apresentar um Cristo que morreu pelos nossos pecados para nos dá vida, e tudo isso por amor a nós.

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