Decisão

"Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.” (Sl 9:1,2) Como é maravilhoso louvar a Deus quando tudo vai muito bem, quando estamos descansados/em paz ou quando ganhamos uma bênção, não é mesmo?

No começo desse ano, eu estava passando por alguns problemas pessoais - não era pecado, então irei traduzir como tempestade, furacão, deserto -. Eu tinha todos os motivos para ficar triste, todavia, Deus falou ao meu coração através do Salmo 9, fazendo-me refletir que a minha adoração não deveria estar condicionada a circunstâncias e/ou pessoas, e sim, que em meio ao meu deserto eu deveria simplesmente adora-Lo.

Vou te (re)apresentar dois personagens bíblicos que possuem uma característica em comum na qual eu sou apaixonada: Ana, mulher estéril, esposa de Elcana e vivia sendo oprimida por Penina - outra mulher de Elcana -. Por que Ana era estéril? Porque “o Senhor a tinha deixado estéril” (1 Sm 1:5) (guarda aí que essa parte logo irei retomar :*).

Em um belo dia, Ana vai ao Templo chorar e orar ao Senhor, mas dessa vez ela tem uma postura diferente. Dessa vez ela não se conforma em voltar para casa igual às outras vezes. Dessa vez ela faz um voto que se o Senhor a der um filho, ela o devolveria para que ele vivesse todos os dias para servi-Lo. E assim aconteceu, como se não fosse o “suficiente” em Ana cumprir com a sua palavra, ela “ali adorou o Senhor” (v.28) e pensa você que foi uma adoração qualquer. Se apaixone também pelas palavras dela: “Meu coração exulta no Senhor; no Senhor minha força é exaltada. (...)Não há ninguém santo como o Senhor; não há outro além de ti; não há rocha alguma como o nosso Deus.” (1 Sm 2:1,2) Ana era estéril - faz um voto - engravida de Samuel - devolve seu filho à Deus - O adora.

Jó, “irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal” (Jó 1:8). Jó tinha 10 filhos - 7 homens e 3 mulheres -, cerca de onze mil animais, esposa, muitos empregados, era o homem mais rico do Oriente. Em um terrível dia, tudo é tirado: animais morrem e são roubados, empregados e filhos já não existem. Você já se imaginou no lugar dele? Pense aí se TUDO o que você tem - namorado(a), família, saúde, casa, dinheiro, ou até mesmo sua carreira profissional. O que você faria se fosse Jó?

Jó, “então prostrou-se com o rosto em terra, EM ADORAÇÃO e disse: Saí nu do ventre de minha mãe e nu partirei. O Senhor deu, o Senhor levou; louvado seja o nome do Senhor.” (v.20,21)

Somos obrigados a passar pelo deserto - acredite, ele é necessário! - e muitas vezes não entendemos o porquê. Ana era estéril por um propósito maior, Jó teve que perder tudo porque Deus permitiu, entretanto, ainda assim todas as coisas cooperaram para o bem, pois a vontade de Deus era muito maior do que a tempestade momentânea. Ana teve mais cinco filhos e Jó recebeu tudo em dobro. Sabe qual a semelhança entre os dois e a minha história do início? A decisão de adorar.

A adoração verdadeira não está ligada nos bens que você recebe, a adoração verdadeira está centrada em quem o Senhor és. Ao invés de dar moral ao seu problema, esqueça-o adorando a Deus. Oferte a sua vida como um aroma agradável à Ele.

O desejo do meu coração é que eu e você cheguemos a adoração pura e verdadeira ao ponto de sabermos a resposta do trecho da música de Felipe Hitzschky e Laura Souguellis: “o que é que os anjos veem, que os fazem se prostrar? O que é que os anjos veem que os fazem cantar Santo?”.

#decisão #adoração